Um planejamento estratégico com real potencial de sucesso precisa considerar uma série de questões relacionadas tanto às políticas internas da empresa como a fatores externos — que direta ou indiretamente podem beneficiá-la ou prejudicá-la.
Dessa forma, visando garantir uma análise assertiva e o desenvolvimento de um bom plano de ação, uma série de ferramentas de gestão estratégica vêm sendo desenvolvidas nas últimas décadas.
Apresentamos, a seguir, algumas das mais úteis e fundamentais entre essas ferramentas, largamente adotadas e recomendadas por consultores especializados. Confira:
Missão, Visão e Valores — básico fundamental
A definição de missão, visão e valores é um dos aspectos mais elementares em um planejamento estratégico. Entenda:
- missão: é o porquê de sua empresa — por que foi criada, que produtos ou serviços oferece, qual seu propósito;
- visão: diz respeito ao futuro da organização, a curto, médio ou longo prazo — aonde pretende-se chegar, o que se almeja alcançar, como a empresa quer se firmar perante o mercado;
- valores: são os princípios que orientam tomadas de decisão e determinam a postura e o comportamento de todos os funcionários empregados pela empresa.
Embora pareça algo muito básico, não é incomum que a empresa caia na inércia do exercício de sua Missão, negligenciando ou perdendo-se no caminho rumo à concretização de sua Visão. Por isso é tão importante um planejamento bem estruturado, com objetivos bem definidos e um bom plano de ação.
SWOT — uma das mais famosas
SWOT é uma sigla para Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats, que, em tradução livre, significa Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. É uma das mais conhecidas ferramentas de gestão estratégica.
A lógica é bastante simples: valer-se de variáveis internas (forças e fraquezas) e externas (oportunidades e ameaças) para analisar o cenário em que a empresa está inserida e auxiliar no desenvolvimento de um planejamento estratégico.
Para que fique mais claro:
- forças: aquilo que faz com que uma empresa se destaque em sua área de atuação e sobressaia-se frente à concorrência — pode ser, por exemplo, o próprio produto ou serviço, a experiência oferecida ou a relação com o cliente no pré e pós-venda;
- fraquezas: ao contrário das forças, as fraquezas representam uma desvantagem em relação aos seus concorrentes — podem ter a ver com a qualidade de seus produtos, com o atendimento (insatisfatório) ao cliente, funcionários pouco qualificados, entre outros motivos;
- oportunidades: são fatores externos que, embora fujam ao controle da organização, por ela podem ser aproveitados em vantagem própria — como exemplo temos políticas públicas favoráveis, eventos com os quais possa-se firmar parceria para divulgação e linhas de crédito ofertadas por instituições financeiras;
- ameaças: fatores externos que podem comprometer a atuação e/ou a lucratividade da empresa — aumento de impostos, a entrada de um concorrente poderoso, como uma multinacional, ou a própria pandemia de Covid-19 que vivemos atualmente.
Matriz BCG — uma ferramenta de gestão estratégica para análise de produtos
A Matriz BCG é um método de análise de desempenho dos produtos de uma empresa. O nome faz referência à Boston Consulting Group, uma consultoria empresarial fundada por Bruce Henderson, também criador do método.
Considerando fatores como número de vendas, retorno sobre investimento e potencial de crescimento no mercado, torna-se possível tomar decisões sobre o futuro de cada produto: quais continuarão a ser fabricados e quais serão retirados de catálogo, por exemplo; se um produto necessita algum tipo de ajuste, ou se a produção de determinado item deve crescer ou manter-se como está.
Na prática, a Matriz BCG apoia-se em um plano cartesiano com os seguintes quadrantes:
- estrela: produtos com alto retorno sobre investimento (mas que exigem muito investimento);
- interrogação: produtos que tenham potencial, mas ainda não gerem muito lucro — mais comumente os recém-lançados;
- vaca leiteira: produtos lucrativos que não exijam alto volume de investimentos para que apresentem boa performance — como aqueles já largamente conhecidos pelo público consumidor ou que tenham status agregado;
- abacaxis: produtos com baixa performance e pouco retorno financeiro — são muitas vezes retirados de catálogo.
5W2H — para o seu plano de ação
A metodologia 5W2H é ideal ao planejamento de um plano de ação. Esta ferramenta de gestão estratégica leva esse nome pelas sete perguntas que reúne — das quais cinco, no inglês, começam com a letra “W”, e outras duas começam com a letra “H”. São elas:
- what (o que): basicamente, o objetivo a ser alcançado;
- why (por que): o motivo pelo qual pretende-se alcançar tal objetivo;
- where (onde): sobre que área ou setor da empresa o plano de ação será executado;
- when (quando): definição de prazos para início da execução de um plano de ação, para as etapas de seu desenvolvimento e, por fim, para sua conclusão;
- who (quem): quem serão os responsáveis pela execução do plano — recomenda-se o auxílio de um profissional de consultoria em gestão estratégica;
- how (como): a explicação detalhada de como cada ação determinada será colocada em prática;
- how much (quanto): define-se um orçamento para a execução da estratégia.
Cinco Forças de Porter — ferramenta de gestão estratégica aliada ao SWOT
Desenvolvido por Michael Porter e já largamente testado (e aprovado), este método complementa a análise SWOT ao definir e especificar cinco pilares fundamentais a uma boa estratégia de gestão. São eles:
- ameaça de produtos substitutos: produtos ou serviços com propostas e/ou funções semelhantes que “tomem” uma parcela de sua clientela, consequentemente prejudicando seus ganhos — alguns exemplos são o impacto das plataformas de streaming sobre a TV e as salas de cinema e dos celulares sobre computadores e notebooks;
- ameaça de entrada de novos concorrentes: convém analisar fatores como o crescimento de mercado do seu segmento de atuação — e consequentes níveis de lucratividade — e da economia como um todo;
- poder de negociação dos clientes: é o poder que um cliente detém para negociar valores e condições de pagamento — uma empresa atuante em um setor com alta concorrência, por exemplo, terá um cliente com alto poder de negociação, já que ele pode facilmente obter o mesmo produto ou serviço em outra empresa que lhe ofereça uma proposta mais atrativa.
- poder de negociação dos fornecedores: a mesma lógica, mas em relação ao poder de negociação dos próprios fornecedores — que, da mesma forma, é inversamente proporcional ao número de fornecedores que disponibilizem o mesmo material.
- rivalidade entre os concorrentes: alta concorrência significa alta rivalidade e, muito frequentemente, agressividade — mercados ascendentes, diretamente associados à revolução digital, por exemplo, têm se tornado cada vez mais competitivos, com alta rivalidade.
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